mas
cegamente eu sinto,
inebriador
o beijo alado
que iça
os meus desejos
e
deixa-me aos teus pés, brunido.
Meus
olhos desfocados já não vêem
mas
sentem que as suas pernas movem-se e abrem-se
rendendo-se
ao encanto do meu olhar pedinte.
Ama-me!
Eu
sinto que teu olhar me tateia
e teus
lábios contornam os meus;
a
saliva que goteja da tua boca
é a
mentira revelada dum coração bandido.
Teu
querer é o meu naufrágio,
ao qual
me entrego exaurido
como
uma criatura sem presságio.
AMA-ME!
AMA-ME!
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